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sábado, 8 de junho de 2013

Thomas Edison, RCA Victor, Beatles e Pink Floyd: Dissecando e analisando o famoso LP- Parte 1

Todos aqueles que tem mais de 15 anos certamente sabe o que é um disco de vinil. Bolachão, LP ou simplesmente disco, ele é alvo dos fãs mais saudosistas da musica em geral. E vem, surpreendentemente, sobrevivendo as eras digitais com certo exito. Ate hoje gera interesse. Tambem pudera, as maiores obras-primas da historia foram registrados naqueles discos pretos de 12 polegadas e meia. Desde Beatles, Stones, Pink Floyd, Led Zeppelin ate musicas populares de respectivos paises, o auge da musica mundial passou pelo vinil. E hoje sendo item de coleção, relembra aos mais velhos uma epoca que a musica era feita pela arte, e não pelo dinheiro. Aqui vai uma breve historia do disco, embarquem nessa viagem de mais de um seculo e meio.

Parte 1: A invenção e evolução da midia musical


Na segunda metade do seculo XIX, houve uma grande explosão tecnologica, nos quais foram lançadas as bases da camera fotografica, da filmadora e, claro, das midias musicais. Nesse contexto, o fonografo de Thomas Edison pode ser considerado o grande pioneiro da gravação e reprodução das musicas. Algumas tentativas anteriores ao fonografo foram feitas, no entanto, o invento de Edison foi o primeiro a “vingar”. O aparelho consistia em um cilindro com sulcos coberto por uma folha de estanho. Uma ponta aguda era pressionada contra este cilindro e, conectados à ponta oposta, ficavam um diafragma (uma membrana circular, cujas vibrações convertiam sons em impulsos mecânicos e vice-versa) acoplado a um grande bocal em forma de cone. O cilindro era girado manualmente e, conforme o operador ia falando no bocal, a voz fazia o diafragma vibrar, o que fazia a ponta aguda criar um sulco análogo na superfície do cilindro. Quando a gravação estava completa, a ponta era substituída por uma agulha e o cilindro era girado no sentido contrário: a máquina desta vez reproduzia as palavras gravadas e o cone amplificava o som. (Wikipedia)

Abaixo, foto de Edison ao lado de um exemplar de seu invento.


Mais um exemplar, um dos poucos que perduram ate hoje



 Para fazer o teste, Edison recitou o canto popular estadunidense “Mary Had a Little Lamb”, o que é amplamente considerado a primeira gravação de voz humana da historia.

O fonografo pode ser, propriamente dito, o pai da industria musical, pois pela primeira vez uma musca podia ser gravada e reproduzida. No entanto, o sistema de cilindros não resistiu por muito tempo, sendo substituido por um equipamento inventado pelo homem que dirigia a (hoje) lendaria RCA Victor. Entrava em cena o gramofone  e o disco de goma laca.

Disco de goma-laca, Berliner e RCA Victor

Conhecido tambem como disco de 78 RPM, os discos de goma-laca foram a primeira grande forma de veiculação de musica. Foi inventado pelo alemão Emil Berliner, em 1870 e comercializada 15 anos depois. Ele inventou tambem o aparelho que tocava tal disco, o gramofone.


Acima, Emil Berliner com seu gramofone. Abaixo, exemplos de discos de goma-laca.



Berliner divergia de Thomas Edison em relação ao formato a ser adotado para armazenar a gravação sonora, invento ainda recente. Edison apostou nos cilindros de cera, de duração de 1 a 4 minutos, que possuíam menor ruído, porém de menor alcance sonoro (que deixaram de ser produzidos em 1912). Em um primeiro momento a invenção de Berliner foi encampada por uma famosa empresa alemã de brinquedos, que o vendia como tal, junto com um gramofone de dimensões reduzidas.
No final da década de 1890, Berliner criava a Gramophone Company, existente ainda hoje com o nome de EMI (Electric and Music Industries), importante selo no mercado mundial da música. A velocidade e o formato, porém não estavam ainda definidos. Havia discos de 76, 79, 80 rotações, e os tamanhos variavam de 15, 17, 20, 25 a 30 cm. Tal divergência advinha dos diferentes métodos e técnicas de gravação desenvolvidas pelas primeiras marcas, ainda no início do século XX. (Wikipedia)

Nesse contexto, surge aquela que pode ter sido uma das primeiras gravadoras propriamente ditas da historia. Quem não se recorda de, ao menos uma vez na vida, ter visto a imagem de um cachorro olhando para um gramofone, ouvindo a gravação da voz de seu falecido dono? Uma imagem inusitada, capturada pelo irmao do falecido, tornou-se simbolo instantaneamente reconhecivel na musica. A imagem foi cedida à compania de Berliner, Gramofone Co. e deu, posteriormente, origem a famosa RCA Victor.







A popularização desse equipamento, tanto quanto gravação como reprodução gerou um “boom” na industria fonografica. O Congresso dos Estados Unidos passa a convocar musicos de musica popular (tanto branca como negra) para deixar registros de seus talentos. Isso ocorreu sobretudo nas decadas de 30 e 40 do seculo XX.







 Algumas gravadoras foram mais alem, e buscaram mais a fudo registrar grandes talentos para lucrarem com o comercio de discos. O exemplo mais conhecido talvez tenha sido as tres sessões de gravação das lendarias 29 musicas do rei do blues Robert Johnson, na cidade de San Antonio, Texas, feitos pela Brunswick Records e lançadas pela Vocalion.



Na Parte 2, veremos como surgiu o disco feito com o material vinil (propriamente dito) e passearemos pelo auge da musicalidade contemporanea, e como o vinil influenciou artisticamente e foi responsavel por registrar , tanto musicalmente quanto nas artes das capas, os maiores talentos que passaram por aqui.